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13/11
2025

Pesquisadores do Cemafauna integram rede nacional que mapeia panorama das coleções científicas de peixes no Brasil


O Brasil abriga a maior diversidade de peixes do planeta, e um grupo de cientistas de todo o país se uniu para compreender e fortalecer o papel das coleções científicas que guardam esse patrimônio natural. Entre os autores desse esforço coletivo estão os pesquisadores do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna/Univasf), a coordenadora Patrícia Nicola, a pesquisadora Silvia Gutierre e analista ambiental Augusto Bentinho, que contribuíram com o estudo publicado recentemente no 
Biological Journal of the Linnean Society (Oxford University Press), sob o título “The CARDUME initiative: integrating Brazil’s scientific fish collections to promote research and biodiversity conservation”.

O trabalho apresenta o primeiro panorama nacional das coleções ictiológicas brasileiras, reunindo informações de 74 instituições distribuídas em 25 unidades federativas. O levantamento revelou um acervo de mais de 8,5 milhões de espécimes catalogados e 2.600 tipos primários, essenciais para estudos taxonômicos, evolutivos e de conservação. O artigo também expõe desafios persistentes enfrentados por essas coleções, como a escassez de recursos financeiros e humanos, a necessidade de modernização da infraestrutura, o baixo índice de digitalização, além das desigualdades regionais e de gênero entre os curadores.

A pesquisa faz parte da iniciativa CARDUME, uma rede criada pela Sociedade Brasileira de Ictiologia (SBI) com o objetivo de integrar coleções científicas de peixes em todo o país. O nome “Cardume” simboliza o movimento coletivo e colaborativo da ciência, que une esforços em torno da valorização das coleções biológicas como ferramentas fundamentais para a conservação da biodiversidade e o avanço do conhecimento sobre a fauna aquática brasileira.

Para o Cemafauna/Univasf, sediado em Petrolina (PE), a participação neste estudo representa o reconhecimento de sua contribuição científica na região da Caatinga, um dos biomas menos representados em coleções ictiológicas, com apenas quatro instituições participantes no levantamento nacional. A presença de pesquisadores do Centro entre os autores corrobora o compromisso com a preservação do patrimônio natural do Semiárido e com a produção de conhecimento sobre os ecossistemas aquáticos do Nordeste.

O biólogo e analista ambiental do Cemafauna, Augusto Bentinho, destacou que a publicação é um marco importante para a valorização da ciência brasileira e para o fortalecimento da cooperação entre instituições. “Participar dessa construção coletiva é uma honra e uma responsabilidade. As coleções zoológicas são verdadeiras guardiãs da memória biológica do país e precisam de atenção contínua, especialmente em regiões como o Semiárido, onde ainda há lacunas significativas de informação. A iniciativa CARDUME mostra que, quando unimos esforços, conseguimos não apenas mapear nossa biodiversidade, mas também traçar caminhos concretos para sua conservação”, afirmou.

O manuscrito completo pode ser acessado em: https://doi.org/10.1093/biolinnean/blaf088.

Fonte: Texto e fotos: Jaquelyne Costa - Ascom Cemafauna/Univasf
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O Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga, sediado em Petrolina-PE, atua em todo o semiárido nordestino do Brasil, abrangendo uma área de 982.563,3 km². Além de contemplar os diversos municípios impactados pelo Projeto de Integração do São Francisco (PISF) nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, o Centro desempenha um papel fundamental na reabilitação de animais silvestres. Essas ações de conservação ex situ são realizadas em sua unidade do CETAS, onde animais provenientes das atividades de supressão do PISF e das operações de combate ao tráfico de fauna, conduzidas por órgãos municipais, estaduais e federais, são acolhidos e cuidados.

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