05/05
2016
Já são mais de 1200 animais que estão sob os cuidados médicos e nutricionais da equipe de veterinários e biólogos do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga) advindos das apreensões realizadas desde o dia 25 de abril pela 37ª operação do programa de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), que reúne 25 órgãos públicos de atuação nas áreas de meio ambiente e saúde em municípios da Bahia a exemplo do Ibama, Polícia Rodoviária Federal e Conselho Regional de Medicina Veterinária da Bahia.
De acordo com uma das colaboradoras da operação, a bióloga Andreza Amaral, a iniciativa, organizada pelo Ministério Público da Bahia, tem como alvo empreendimentos de Juazeiro e mais nove municípios do Norte da Bahia: Remanso, Sobradinho, Uauá, Campo Alegre de Lourdes, Curaçá, Casa Nova, Sento Sé, Pilão Arcado e Jaguarari. Até o momento 1263 animais já foram resgatados dos cárceres ilegais em residências e criadouros não-legalizados. As pessoas que apresentam resistência na entrega dos bichos são autuadas pelo Ibama. As espécies mais frequentemente capturadas nessas operações são as aves como golinho, caboclinho, galo-de-campina, azulão e periquito-da-caatinga, contando mais de 100 indivíduos de cada um desses. Tatu-peba, sagui-de-tufo-preto, sagui-de-tufo-branco, jabutis, cutias e tartarugas também são alvos do cárcere ilegal.
As equipes da FPI realizam previamente ações de educação ambiental como palestras em escolas e orientações para a comunidade. Feito isto, buscam localizar diversas irregularidades como loteamentos construídos em Áreas de Proteção Permanente (APP), venda de agrotóxicos vencidos e cárcere de animais silvestres os quais são todos encaminhados ao Cemafauna para serem tratados, reabilitados e posteriormente devolvidos à natureza.
Segundo a médica veterinária do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Cemafauna, Adriana Alves os animais mais debilitados passarão no mínimo 90 dias para se recuperarem e adquirirem hábitos selvagens para que possam voltar aos seus habitats. “Muitos já chegaram aqui apresentando mutilações e baixíssimo escore corporal. Nós fazemos a triagem, realizamos a medicação necessária, cuidamos na dieta e observamos as condições de cada um desses animais para podermos realizar a soltura”, disse Alves. Já foram realizadas duas solturas de aves em áreas reservadas de caatinga nos arredores de Petrolina.
A ação seguirá até o dia sete de maio e a expectativa é de que até o término dessa 37ª operação o Cemafauna receba ainda mais mil animais.
Fonte: Texto e fotos: Jaquelyne Costa/Ascom CemafaunaSão 10 anos de monitoramento. O monitoramento de fauna de longa duração consecutivo realizado na Caatinga Sensu Stricto.
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Campus Ciências Agrárias, BR 407, Km 12, lote 543, Projeto de Irrigação Nilo Coelho - S/N C1 CEP. 56.300-000, Petrolina - Pernambuco - Brasil - www.cemafauna.univasf.edu.br
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